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A presidente Dilma Rousseff sancionou nesta sexta-feira (23) lei que
estabelece um prazo de até 60 dias para que pacientes com câncer recebam
o primeiro tratamento no Sistema Único de Saúde (SUS). O texto foi
publicado na edição desta sexta do ...
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SAÚDE PÚBLICA
Tabagismo é responsável por 30% de todas as mortes no mundo
O tabagismo é a principal causa de morbidade e mortalidade passível de prevenção. Inúmeras são as doenças causadas pelo tabaco. Ele é responsável pelo aparecimento de câncer de pulmão, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e doença arterial coronária, e ainda contribui, significativamente, para a mortalidade relacionada ao acidente vascular cerebral.
Além disso, fumar durante a gravidez pode causar muitos problemas ao bebê, como baixo peso ao nascer e mortalidade perinatal, e pode ter um impacto, em longo prazo, no desenvolvimento físico e cognitivo da criança, além de problemas respiratórios.
O fumante passivo também não está livre dos riscos a sua saúde. A exposição ao cigarro também pode causar câncer de pulmão e comprometer a saúde respiratória. Segundo o Dr. Amit Nussbacher, cardiologista do Einstein, cerca de metade dos fumantes terá complicações decorrentes do tabagismo, podendo chegar à morte.
Estima-se, por exemplo, que um fumante ativo, aos 25 anos, tenha uma expectativa de vida 25% menor que a de um não fumante. O fato de um indivíduo ser fumante simplesmente dobra o seu risco de mortalidade.
Os números do tabagismo:
O tabagismo é responsável por 30% de todas as mortes, incluindo 90% das mortes por câncer pulmonar, 35% de todas as mortes por outros tipos de câncer, 21% das mortes por doença arterial coronária e 90% das mortes por doença pulmonar obstrutiva crônica. Também é a principal causa de câncer da cavidade oral e de esôfago e contribui para as mortes por câncer de pâncreas e de trato urinário e por doença vascular periférica e doença cerebrovascular.
O mais preocupante é que o consumo mundial de cigarros continua a crescer. “Apesar de o hábito de fumar ter estabilizado, e até diminuído em alguns países, os fumantes estão consumindo mais cigarros. Os homens estão fumando menos, em compensação, entre as mulheres este hábito está aumentando, especialmente em países em desenvolvimento”, diz o Dr. Nussbacher.
Outra situação que requer particular atenção é o tabagismo entre jovens. A maioria dos fumantes teve o primeiro contato com o cigarro na adolescência. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, os países com maior consumo de cigarros são China (1,6 trilhões), Estados Unidos (451 bilhões), Japão (328 bilhões), Rússia (258 bilhões) e Indonésia (215 bilhões).
O fumo e as doenças pulmonares:
O hábito de fumar faz que com o indivíduo altere a estrutura e a função das vias aéreas centrais e periféricas e o sistema imune dos pulmões. O resultado é que fumantes morrem muito mais por doença pulmonar obstrutiva crônica e por infecções respiratórias.
A quantidade e a duração do tabagismo também determinam o risco de câncer pulmonar. Indivíduos que fumam 40 ou mais cigarros ao dia têm o dobro de risco de desenvolver câncer pulmonar do que indivíduos que fumam até 20 cigarros por dia.
O fumo e o câncer:
Pessoas que começaram a fumar antes dos 15 anos de idade têm um risco quatro vezes maior de desenvolver câncer pulmonar do que aquelas que iniciaram o hábito após os 25 anos. “Estudos epidemiológicos apontam que não há grandes diferenças no risco de desenvolver câncer nem com cigarros com menor teor de nicotina e alcatrão, nem com cigarros com filtro”, explica o médico. Além disso, o tabagismo possui forte associação com o desenvolvimento de câncer em outras localizações como cavidade oral, laringe, esôfago, bexiga, rins, pâncreas, estômago e colo uterino, mama, entre outros.
O fumo e as doenças do coração:
O tabagismo aumenta o risco de infarto do miocárdio e de morte súbita por doença arterial coronária e de alterações cardíacas agudas (isquemia) e crônicas (aterosclerose).
“Apesar da ampla divulgação em relação ao tabagismo como fator de risco cardiovascular, é surpreendente o número de fumantes que acredita que o cigarro não representa fator de risco para eles”, fala o cardiologista.
E quais os benefícios de quem para de fumar?
Segundo o médico, são inúmeros. “É importante ressaltar que indivíduos que param de fumar reduzem drasticamente o risco a que estão expostos para estas condições de saúde”, conta o médico.
Pacientes portadores de doença arterial coronária, quando param de fumar reduzem o desenvolvimento de novos problemas cardíacos em até 50%, e as chances de um acidente vascular cerebral isquêmico também diminuem progressivamente”, finaliza o Dr. Amit Nussbacher.](https://fbcdn-sphotos-e-a.akamaihd.net/hphotos-ak-prn1/s480x480/74696_438977002816606_1076931416_n.jpg)
